Saturday, January 2, 2010

Parte I – Horizonte Tribal e Mediunismo Primitivo

O Espírito e o Tempo – J. Herculano Pires



1. Mediunismo e Espiritismo

Horizontes Culturais: Esquema criado pelo antropólogo John Murphy, para analizar o desenvolviment humano na amplitude de cada uma das suas fases.
A palavra “horizonte” mostra que devemos encarar esse homem dentro dos limites da nossa visão, de todas as condições do meio físico e social em que ele vivia, na paisagem cultural fechada pelos horizontes do mundo primitivo. Podemos assim examinar cada fase em seu meio, cada homem em seu mundo, compreendendo-os melhor.
Definição dos Horizontes:
• Tribal (Primitivo & Anímico)
• Agrícola
• Civilizado
• Profético
• Espiritual

O horizonte tribal caracteriza-se pelo mediunismo primitivo.

A palavra “mediunismo”, criada por Emmanuel é usada para designar a mediunidade em sua expressão natural.
Mediunismo são práticas empíricas da mediunidade.
Dessa maneira, temos as formas sucessivas do mediunismo primitvo, do mediunismo oracular e do mediunismo bíblico, só atingindo a mediunidade positiva no horizonte Espiritual, que surge com o Espiritismo.
Somente com o Espiritismo a mediunidade se define como uma condição natural da espécie humana, recebe a designação precisa de “mediunidade” e passa a ser tratada de maneira racional e científica.

O Espiritismo está presente em todas as fases da história humana.

Distinção entre fatos espíritas e doutrina espírita.

a. Fatos espíritas – assim chamados os fenômenos ou suas manifestações mediúnicas – são de todos os tempos.
As práticas mágicas ou religiosas, baseadas nessas manifestações, constituem o Mediunismo, pois são práticas mediúnicas.

b. Doutrina espírita é uma interpretação racional das manifestações mediúnicas. Doutrina ao mesmo tempo científica, filosófica e religiosa, pois nenhum desses aspectos podem ser esquecidos, quando tratamos de fenômenos que se relacionam com a vida do home na Terra e sua sobrevivência após a morte, sua vida e seu destino espiritual.

Os fatos mediúnicos são fatos espíritas, assim chamados pelo próprio Kardec, mas não são Espiritismo. Porque o Espiritismo se serve dos fatos mediúnicos como de uma matéria-prima, para a elaboração de seus princípios, ou como de uma força natural, que aproveita de maneira racional.

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