"Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. ..." (Mateus, 5:13-16)
Na condição de condimento, o sal deve ser utilizado de maneira adequada, de modo balanceado. Se utilizado abaixo da quantidade necessária torna a alimentação insípida, se em doses altas torna a alimentação excessivamente salgada.Semelhantemente, o aprendiz e o auxiliar dos núcleos espíritas devem agir, junto às pessoas com necessidades ou sofrimentos, de forma comedida, discreta, equilibrada e temperante. A imagem do sal é a de um componente que explicita essa postura no campo de trabalho que nos é disponibilizado pelo Plano Maior. Simboliza o imperativo do equilíbrio, principalmente das emoções, assim como a utilização dos valores morais e intelectuais de que já dispomos com segurança, a fim de que possamos cooperar de modo coerente e eficiente, na tarefa que nos é confiada.
Se o sal for destituído do seu componente ativo, torna-se insosso. No sentido espiritual, a pessoa que se desperta para o Cristo é ativa. Não se abate perante os fracassos e enfrenta com bom ânimo os desafios da vida. Só quem se nutre desta dinâmica incansável consegue atingir as metas delineadas, como nos adverte o Evangelho: “Aquele, que preservar até o fim será salvo” (Mt, 24:13). Se os discípulos do Cristo são o “sal da terra” não devem se tornar “insípidos”, isto é, corruptíveis ou contaminados pelas influências inferiores que os afastam da vivência do Evangelho. O legítimo servidor do Senhor, onde quer que se encontre, está sempre orando e vigiando para não cair em tentações
EDAE: Estudo aprofundado da Doutrina Espirita, (Livro II - Ensinos e parábolas de Jesus): FEB, 2013. Item: Discípulos: Sal da Terra e Luz do Mundo
Se o sal se tornasse insipido, isto é, se perdesse as qualidades especiais que o caracterizam, tornar-se-ia de todo imprestável, visto como não poderia aplicar a outras funções além daquela que lhe é essencialmente própria. Outro tanto sucede com relação à fé que faz o cristão. Se ela se desnaturar dos predicados que a exornam, tornar-se-á de todo anódina, inválida, inútil. A religião que não promove o aperfeiçoamento do espírito, que não constrói, e não consolida o caráter do homem, não é religião: é sal insípido que, mais cedo ou mais tarde, cairá fatalmente no desprezo.VINICIUS. Nas pegadas do Mestre, 10.ed.Rio de Janeiro: FEB, 2005. Item:O Sal da Terra, p.191
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